Victor Meirelles
A trajetória do pintor catarinense Victor Meirelles, de Desterro, atual Florianópolis, aos estudos na Academia Nacional de Belas Artes (RJ), onde posteriormente lecionou.
Teve ainda uma longa vivência e educação na Europa, sem contar, as grandes obras de pintura histórica e as encomendas do Imperador Dom Pedro II.
Destaque para os quadros A Primeira Missa no Brasil (sobre o Descobrimento), Batalha de Guararapes (sobre a presença holandesa no Brasil) e Combate Naval de Riachuelo (sobre a Guerra do Paraguai).
Quem foi Victor Meirelles
Victor Meirelles (1832-1903) foi um renomado pintor e professor brasileiro, reconhecido como um dos principais representantes da pintura histórica do século XIX.
Nascido em Florianópolis, Santa Catarina, em 18 de agosto de 1832, Meirelles demonstrou desde cedo talento para o desenho e paixão pelas paisagens.
Iniciou sua formação artística em 1845, estudando com o argentino Marciano Moreno.
Aos 14 anos, ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde teve como professor José Correia de Lima, discípulo de Debret.
Já em 1852, ganhou destaque ao receber uma medalha de ouro da Academia pelo quadro “São João Batista no Cárcere”.
Em busca de aprimoramento, Meirelles viajou para a Europa, passando oito anos na Itália e na França, com uma bolsa de estudos na Europa, paga por dom Pedro II, entre 1853 e 1861.
Em Roma, estudou com Nicola Consoni e realizou estudos com modelos vivos, fundamentais para a pintura histórica.
Em Veneza, encantou-se com a técnica e o colorido dos pintores venezianos, como Ticiano, Tintoretto e Lorenzo Lotto.
De volta ao Brasil, em 1861, foi aclamado e condecorado por D. Pedro II, recebendo o título de “Cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo” e da “Imperial Ordem da Rosa”.
Tornou-se professor de pintura histórica na Academia Imperial de Belas Artes e produziu obras importantes, como “Moema” e os retratos de D. Pedro II e da Imperatriz Tereza Cristina.
Em 1868, recebeu a encomenda para pintar dois quadros relacionados à “Guerra do Paraguai” e passou seis meses na região do conflito, a bordo do navio Brasil, produzindo obras como “Combate Naval do Riachuelo” e “Passagem de Humaitá”.
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Meirelles também se dedicou à execução de panoramas, como o “Panorama Circular da Cidade do Rio de Janeiro” e “Entrada da Esquadra Legal no Porto do Rio de Janeiro em 1894”.
Além de sua notável carreira como artista, Meirelles teve um papel significativo na formação de diversos pintores durante os 30 anos em que lecionou na Academia Imperial de Belas Artes.
Faleceu no Rio de Janeiro em 22 de fevereiro de 1903, deixando um legado artístico de grande importância para a história da pintura brasileira.
A Primeira Missa
A “Primeira Missa” fez sua estreia na Europa no Salão de Paris de 1861, marcando a primeira vez que uma pintura brasileira foi exibida nesse prestigioso evento.
A obra de Meirelles é conhecida por retratar cenas intensas e atmosféricas, uma característica que também está presente em seus quadros relacionados à Guerra do Paraguai.
A representação dos indígenas na obra os retrata com uma curiosidade inocente e infantil.
