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Fortalezas da Ilha de Santa Catarina

Idealizado pelo Brigadeiro José da Silva Paes, engenheiro militar português e primeiro governador da Capitania de Santa Catarina, o Sistema Defensivo da Ilha, atual cidade de Florianópolis, envolvendo fortalezas foi iniciando em 1739 e levaram cerca de dez anos para ficarem prontas.

Portugal mandou Silva Paes como governador para proteger a região da invasão de espanhóis, entretanto, aqui chegando, ele identificou a necessidade de construir fortalezas.

Atualmente, o conjunto integra uma lista seleta apresentada na Unesco para se tornar patrimônio da humanidade.

A estrutura construída por portugueses para proteger as belezas da Ilha de Santa Catarina chegou a possuir dezenas de fortificações, sendo as mais significativas as fortalezas de Anhatomirim, Ponta Grossa e Ratones, na Baía Norte, e a Fortaleza de Araçatuba, na Barra Sul.

Conjunto de Fortalezas

A primeira a ser erguida foi a Fortaleza de Santa Cruz, na Ilha de Anhatomirim, seguida da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, ao lado de Jurerê.

Depois, Santo Antônio, na Ilha de Ratones Grande, na Baía Norte.

Ficando por último, no extremo sul da Ilha de Santa Catarina, a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, na Ilha de Araçatuba.

Imagem: NSC

Vértice Defensivo com Fortalezas

As fortalezas do Norte da Ilha, sendo Anhatomirim, Ponta Grossa e Ratones foram projetadas estrategicamente para formar um vértice defensivo.

A ideia de Paes era cruzar o fogo dos canhões e proteger a baía da invasão de navios espanhóis.

Além disso, uma quarta fortaleza foi construída na Ilha de Araçatuba para enfrentar ataques pelo Sul.

O que mais chama a atenção é a bateria circular de canhões. É uma das poucas que existem no mundo.

Aliás, quando se olha de cima, é possível ver que os armamentos eram dispostos em 360 graus.

Dessa forma, de qualquer lado que viesse o ataque, o inimigo podia ser combatido.

Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, na Ilha de Araçatuba
Crédito da Foto: Daniel Xavier

Fortalezas: Patrimônio Histórico

Na década de 1970, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) realizou os primeiros trabalhos de restauração na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim.

Em 1979, a redescoberta das fortificações como patrimônio cultural de Santa Catarina e do Brasil se confunde com a própria história da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC – quando então ela assume definitivamente a guarda e manutenção de Anhatomirim.

Contudo, a partir de 1989, a UFSC cria e coordena em conjunto com o IPHAN e apoio da Marinha e de outras entidades parceiras – o Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina, passando também a gerenciar as fortalezas de Ratones e Ponta Grossa, restauradas pela iniciativa.

Resgate Histórico das fortalezas

O processo de resgate histórico recebe atualmente ações de pesquisa, documentação, conservação, divulgação e de valorização das fortificações catarinenses.

Assim, democratizando o acesso ao conhecimento e contribuindo para a otimização do potencial educacional, cultural e turístico desses monumentos nacionais.

Abertas à visitação pública, as fortalezas são pólo de conhecimento e cultura, sendo um dos conjuntos de arquitetura militar mais bem preservados do Brasil.

Além dos mais conhecidos e hoje visitados, muitos outros fortes também existiram na Ilha de Santa Catarina. Confira aqui.

Conheça as Fortalezas da Ilha de Santa Catarina: Santa Cruz de Anhatomirim,São José da Ponta Grossa e a de Santo Antônio de Ratones

Confira mais informações clicando na lupa desta tabela, neste link: https://fortalezas.org/index.php?ct=artigo&id_artigo=101

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