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Origem do nome Ilha de Santa Catarina e outras curiosidades

Em 1526, a expedição do italiano Sebastião Caboto passou pelo litoral catarinense.

E foi nesta ocasião que Caboto ao avistar nossa ínsula e a batizou de Ilha de Santa Catarina.

Há duas explicações para ele ter escolhido este nome.

A primeira delas é que naquela data acontecia as celebrações referente a Santa Catarina de Alexandria, atual padroeira do Estado catarinense.

Já a segunda explicação é que Caboto fez uma homenagem a sua esposa, que se chamava Catarina de Medrano.

Os primeiros habitantes da Ilha foram os índios carijós, da tribo tupi-guarani, que chamavam a mesma de Meiembipe.

Há rumores que antes de Ilha de Santa Catarina, também ficou conhecida pelos navegadores como Ilha dos patos.

Posição estratégica para expedições

A Ilha era um local estratégico para as expedições espanholas e portuguesas que se direcionavam para os mares do Sul.

Segundo registros, em casos de mau tempo e naufrágio, os índios locais ajudavam os tripulantes servindo de ponto de abastecimento de água e alimentos para navios que rumavam ao Rio da Prata.

A expedição portuguesa de Solis ao retornar para a Europa uma das embarcações naufragou na barra sul da Ilha.

E alguns dos seus tripulantes acabaram encontrando abrigo em uma aldeia guarani, acolhidos pelos índios Guaranis da região.

Primeiros bairros povoados da Ilha

Devido a ausência de metais preciosos e outras riquezas, e também pelo clima mais frio, demorou para se tornar uma terra interessante aos olhos europeus.

É apenas em 1679, porém, que será iniciado o povoamento efetivo da ilha, com o núcleo de Nossa Senhora do Desterro, da região de Açores, em Portugal. 

O primeiro bairro a ser povoado na Ilha foi a região central, seguido de Santo Antônio de Lisboa, Lagoa da Conceição e Ribeirão da Ilha com a instalação de vilas.

Casais e ou famílias povoaram as freguesias do Rio vermelho, Ingleses, Canasvieiras e Tapera.

O último ponto instalado na Ilha antes do Continente, na época, foi na Igreja da Santíssima Trindade, atual bairro Trindade, chegando através das águas da baia norte.

Açoarianos sobreviviam da pesca e núcleos agrícolas

Os açorianos que aqui chegaram trouxeram um conhecimento rural para a região e precisaram se adaptar ao conhecimento indigena local.

Trocando o cultivo de farinha, uva e pecuária por milho, mandioca e adaptando seus engenhos de farinha para a mandioca com o apoio de bois, água ou força humana.

Os engenhos foram trazidos pelos açorianos baseados nos moinhos de farinha movimentados pelo vento na região de Açores.

A rosca de polvilho, muito comum para os nativos da cidade é uma das criações desta adaptação dos engenhos portugueses, que rendia três produtos: a farinha de mandioca, o polvilho e a produção de roscas.

Como todos era núcleos litorâneos, aqui os açorianos desenvolveram seu conhecimento e se tornaram verdadeiros pescadores.

Igrejas eram escolas e hospitais

As igrejas eram um marco em cada vila, freguesia ou povoado que se assentava na Ilha.

Tudo isso porque a devoção religiosa, a religiosidade foi trazido pelos portugueses e eles perpetuaram seus ritos por aqui como terno de reis, festas do Espirito Santo e Copus Christi.

Além disso, a estrutura da igreja servia de escola e hospital para a comunidade, sendo um ponto central para os moradores.

Indústria da Baleação

A indústria da Baleação foi a responsável pelo povoamento do Sul da Ilha.

A Vila da Armação da Piedade foi a primeira construída no litoral catarinense na data de 1746.

Ela é também uma das mais importantes por sua estrutura que contempla casa grande, senzala e engenhos baleeiros, restando atualmente somente a capela e o cemitério.

Lendas de Bruxas e Boitatás

As lendas da região de Açores sobre bruxas, lobisomens e boitatás também foi trazida pelos imigrantes.

Que viviam em uma era medieval na Europa e contribuiram com todo o misticismo de nossa cidade.

Documentário retrata migração em toda Santa Catarina

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